Déficit comercial dos EUA atinge máxima em 5 anos, enquanto déficit comercial com a China
O déficit comercial dos EUA saltou em janeiro para o nível mais alto em quase cinco anos, uma vez que uma enxurrada de telefones celulares e outros produtos de consumo ampliou a lacuna comercial dos EUA com a China, segundo relatos da mídia.
O déficit no comércio de bens e serviços no primeiro mês do ano aumentou 9,6% em relação a dezembro, para US$ 48,5 bilhões, a primeira expansão em dois meses. Foi a maior diferença mensal desde um déficit de US$ 50,2 bilhões em março de 2012.
As exportações aumentaram 0,6%, para US$ 192,1 bilhões, devido em parte ao crescimento das exportações de automóveis e produtos petrolíferos.
As importações subiram 2,3%, para US$ 240,59 bilhões, refletindo um aumento nas importações de celulares e petróleo bruto.
O déficit comercial com a China aumentou 12,8%, para US$ 31,3 bilhões em janeiro, enquanto o déficit com o Japão encolheu 16,2% em janeiro em relação ao mês anterior, para US$ 5,47 bilhões, em parte devido a uma queda nas importações de automóveis e autopeças, disse o Departamento de Comércio.
O resultado ressalta os desafios enfrentados pelo presidente Donald Trump no cumprimento de uma promessa de campanha de reduzir os déficits comerciais dos Estados Unidos.
O secretário de Comércio, Wilbur Ross, prometeu esforços para reduzir o déficit comercial dos EUA com países como China, Japão, Alemanha e México.
“O presidente Trump fez do comércio livre e justo uma parte central de sua agenda, e corrigir esse desequilíbrio é um passo importante para atingir esse objetivo”, disse Ross em comunicado.
O déficit comercial de bens dos EUA com a Alemanha caiu 8,0%, para US$ 4,88 bilhões, de acordo com o departamento.